Wednesday, July 25, 2007

Serão

E quando estava quase a sair ponderou se deveria ficar. Talvez fosse melhor.
Havia quem a quisesse por perto. Não admitiam isso (é certo), mas porque dizer esse tipo de coisas não era usual. Contudo, lá no fundo, ela sabia que fazia falta.
As noites ficavam com outra côr quando estavam todos juntos: aqueles jantares tinham outra alegria.
Lembrou-se de uma música de K's Choice:

"You never told me that you loved me
I know you didn't know how
I guess that shows we're much the same
'Cause I love you too and until now
I've never said those words out loud"

Ela sabia que, de facto, todos gostavam uns dos outros, mas nunca ninguém, o tinha dito "out loud".
E foi quando se lembrou disso que decidiu ficar. Abriu a porta do quarto, pousou a mala, vestiu o pijama, deu-lhes um abraço, e adormeceu.

Sunday, July 15, 2007

"..., seus olhos tristes guardam tanta dor"

Foram uns belos dias! Vida de dondoca é sempre bom quando não é em demasia (mais ou menos como o chocolate).
A companhia foi a melhor, o sítio também e a comida foi...digamos que...fantástica.
Melhor que isto? There's nothing!

Lord Henry..will it be forever?

"Sempre! Que palavra terrível. Estremeço de cada vez que a ouço. As mulheres gostam tanto de a usar. Estragam o romance com a teima de que deve durar para sempre. E além disso é uma palavra que não significa nada. A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura mais tempo".

Oscar Wilde
O retrato de Dorian Gray

Saturday, July 14, 2007

"Comfortably Numb"

E há aqueles dias em que por muito que nos façam tudo, ou às vezes, não façam nada - sim, que às vezes não fazer é pior do que fazer - nos sentimos bem. Confortavelmente bem...apenas porque estamos confortavelmente anestesiados.

Sunday, July 8, 2007

I thought it was a bird, but it was just a paper bag


"And I said, "Honey, I don't feel so good, don't feel justified
Come on put a little love here in my void"
He said, "It's all in your head"
And I said, "So's everything'" but he didn't get it
I thought he was a man but he was just a little boy"


E se, para mim, Fiona era apenas a "mulher" do Shrek...mudei de opinião.

Friday, July 6, 2007

"Por esta cidade fora"

"Às vezes é preciso
Desfazer o nó
Desancorar por dentro
Quem se amou
Deixar seguir
Abrir os braços
E ver o que ficou"

Embora não seja das minhas cantoras preferidas, gosto bastante dela. Aliás, muitas das letras que escreve - apesar de lamechas - fascinam-me pelo facto de muitas vezes me sentir identificada com elas (como já diziam outras autoras de outros blogues "amigos").

Como tal, também esta me faz pensar.

Hoje em dia vive-se tudo sem se ponderar o que quer que seja. Se o momento é bom, para quê pensar mais do que uma vez? O melhor - ou o que parece melhor à primeira vista - é "deixar-se levar".
Depois vem a consciência, muitas vezes tardia; ou então já nem vem: parece-me que já não se usa!
Por isso, na maioria dos casos, o melhor é afastarmo-nos do que está a acontecer. É tentármos ver a nossa vida de uma perspectiva diferente: de fora. Tirar uns dias. Pensar sobre tudo e sobre nada, determo-nos em pequenas coisas, determo-nos também em nós. Ser (como dizer?) um bocadinho egoísta. Ver o que é mais benéfico para nós, sem nunca descurar o próximo, claro está.
Nem sempre é fácil. Mas desde quando é que o mais fácil é o melhor? Num exemplo muito "rebuscado": através de que caminho se chega ao céu? O mais díficil! Aquele que nos faz reflectir a cada passo que damos se vale mesmo a pena; aquele que nos tira o sono só de pensar nas adversidades a que sabemos que iremos ser expostos; aquele que nos faz gritar de raiva e bater o pé no chão que nem meninos mimados.
Esse é o caminho difícil, mas também o que no fim nos fará felizes.
Assim, o mais sensato é mesmo "deixar seguir" - por muito difícil e custoso que seja - e no fim, qualquer que seja o resultado (que será o melhor de certeza), logo se vê o que "ficou".

Monday, July 2, 2007

Walk on the ocean


Depois de muito tempo para marcar a data, lá fomos o fomos ver!
Gostei - apesar de os olhos teimarem em se fechar de vez em quando (afinal, filmes à meia noite não é muito o meu género). Diria mesmo que é das poucas, senão a única, triologia cujo último filme mantem a qualidade que existia no primeiro.
Bem, na verdade, o filme seria sempre um prazer à vista, dado o elenco ser o que é: George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon. No entanto, o filme não se fica pelas "belas caras", consegue ir mais além...o "sumo" da história é o mesmo que nos filmes anteriores - um assalto - mas o espectador fica sempre com dúvidas como irá ser feito - embora não tenha dúvidas de que o gang não irá falhar.
Não sou perita em crítica de cinema (muito longe disso, aliás!), mas gostei, o que é sempre positivo quando se paga 4 euros e 80 para ir ao cinema.